Na imposição do lápis, hesito: Escrevo um poema ou pinto os olhos? Frente à maçã: Dou a mordida ou uso o blush? Esse tom bourbon vem da palavra ou do batom? Visto meu tomara-que-caia ou rezo: Tomara-que-fiques. Uso renda e saio toda prosa ou espero que renda a prosa? Expiro, inspiro: Um romance? Dá pra viver os dois ou dou pros dois? Não sei se ando movida pela vaidade ou pelo desejo. Reminiscências ou feminiscências?Poeta ou fêmea onde a carne freme?Arre, estou em falta com os sêmens-deuses.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
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Mas de tudo isso me ficaram coisas tão boas… Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.
(Caio F.)
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Existirá.
Para as coisas que existem
sem remédio, sem solução
que te tragam tédio,
desespero, frustação
há outras mil coisas
que são bonitas
que são doces
que são felizes
e se você não achar
nada de bom ou de maior
você cria alguma coisa
qualquer coisa boa que não existe
e se você botar fé nisso
essa coisa vai começar a existir
mesmo que ninguém veja
mesmo que só você acredite
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
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