Na imposição do lápis, hesito: Escrevo um poema ou pinto os olhos? Frente à maçã: Dou a mordida ou uso o blush? Esse tom bourbon vem da palavra ou do batom? Visto meu tomara-que-caia ou rezo: Tomara-que-fiques. Uso renda e saio toda prosa ou espero que renda a prosa? Expiro, inspiro: Um romance? Dá pra viver os dois ou dou pros dois? Não sei se ando movida pela vaidade ou pelo desejo. Reminiscências ou feminiscências?Poeta ou fêmea onde a carne freme?Arre, estou em falta com os sêmens-deuses.
sábado, 10 de abril de 2010
Belzebu de saia - Zeca Baleiro
"Se você aguarda ansiosamente
Que eu ainda te chalere
Não espere, eu não chalero
Meu considero
Eu não suporto não tolero lero-lero
Vamos deixar em uma a zero?
Juro por Deus e pelo santíssimo clero
Que eu não te quero
Nem pintado de amarelo
Sua mensalina
Eu nunca tive vocação pra Nero
Só me arrependo do dia
Em que ofegante no cinema exclamei
Chérie, my love, eu te venero!"
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