Na imposição do lápis, hesito: Escrevo um poema ou pinto os olhos? Frente à maçã: Dou a mordida ou uso o blush? Esse tom bourbon vem da palavra ou do batom? Visto meu tomara-que-caia ou rezo: Tomara-que-fiques. Uso renda e saio toda prosa ou espero que renda a prosa? Expiro, inspiro: Um romance? Dá pra viver os dois ou dou pros dois? Não sei se ando movida pela vaidade ou pelo desejo. Reminiscências ou feminiscências?Poeta ou fêmea onde a carne freme?Arre, estou em falta com os sêmens-deuses.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Não sou mais.
Passou o dia pensativa juntando coragem na saliva até encorpar a voz. Aproveitou o ápice da sua agonia e, num impulso, disse tudo numa sensação só: “A partir de hoje, não sou mais tua mulher, decidi gostar de outro”. No início ele riu da ousadia, mas o silêncio que ela fez em seguida preencheu de sinceridade aquela novidade.
(...)
A Marla fala por mim às vezes.
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