Na imposição do lápis, hesito: Escrevo um poema ou pinto os olhos? Frente à maçã: Dou a mordida ou uso o blush? Esse tom bourbon vem da palavra ou do batom? Visto meu tomara-que-caia ou rezo: Tomara-que-fiques. Uso renda e saio toda prosa ou espero que renda a prosa? Expiro, inspiro: Um romance? Dá pra viver os dois ou dou pros dois? Não sei se ando movida pela vaidade ou pelo desejo. Reminiscências ou feminiscências?Poeta ou fêmea onde a carne freme?Arre, estou em falta com os sêmens-deuses.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Mas a história não acaba assim, agora. Como todo capim brabo que aprende a nascer e crescer nos lugares mais hostis, ele aprende também a ficar mais verde com a ajuda do sol. E luz não há de faltar. Não pra nós. Porque acredito com toda força que as pessoas que ainda têm coração, tem destino traçado. E dos melhores. Com direito a fruta madura e mel. Pra terminar, te deixo a ordem. A Ordem de enfileirar todos os sentimentos e pensamentos indisciplinados. E digo mais: Do pó, tu podes ter vindo, mas pro pó não voltarás. Porque não deixo. Então vem, que hoje, perto da meia-noite, ao contrário dos contos de fadas, onde as princesas voltam a ser mulheres comuns, nós temos vôo marcado, em direção às estrelas, onde lhes roubaremos o brilho e os colocaremos dentro de frascos azuis, pra manter nossas chamas acesas, bem dentro, bem forte ... vem, que eu te espero.
Pipa.
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