Na imposição do lápis, hesito: Escrevo um poema ou pinto os olhos? Frente à maçã: Dou a mordida ou uso o blush? Esse tom bourbon vem da palavra ou do batom? Visto meu tomara-que-caia ou rezo: Tomara-que-fiques. Uso renda e saio toda prosa ou espero que renda a prosa? Expiro, inspiro: Um romance? Dá pra viver os dois ou dou pros dois? Não sei se ando movida pela vaidade ou pelo desejo. Reminiscências ou feminiscências?Poeta ou fêmea onde a carne freme?Arre, estou em falta com os sêmens-deuses.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Pra quê?
“Se quiser me ajudar
Pergunte primeiro se eu preciso
E se for me ajudar
Entenda primeiro como
Se quiser que eu te reconheça
Então me diga teu nome
Ou se quiser mais poesia
Então me cante tua canção
Se for me guiar
Não me empurre a tua frente
Seja minha estrela guia
Abrindo caminho pra mim
Se quiser que eu veja algo
Não aponte, faça a ponte
Com palavras, descrição ou então me leve ate lá
Se quiser me entender
Não precisa esforço, não há nada de mais
Assim como você e todo mundo
Sou diferente de todo mundo
Sou única, sou cigana, sou do samba e sou da paz
Se quiser entender meu problema
Feche os olhos e se olha
Veja suas idéias gastas e entenda que eu não tenho problema algum
Tenho apenas uma maneira diferente de ver o mundo
Me dê então um beijo daqueles que só você sabe dar
Pra quê que a gente precisa ver?
Sabe lá
Me cante aquelas canções que só você sabe cantar
Pra quê que a gente precisa ver?
Sabe lá
Quem não é diferente, me diz?
Quem não tem dificuldades?”
(Sara Bentes – “Pra quê?)
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